sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BRUNA SURFISTINHA DEBORAH SECCO E O DIRETOR MARCUS BALDINI CONTAM COMO LEVARAM ÀS TELAS A VIDA DA EX-PROSTITUTA RAQUEL PACHECO.



BRUNA SURFISTINHA DEBORAH SECCO E O DIRETOR MARCUS BALDINI CONTAM COMO LEVARAM ÀS TELAS A VIDA DA EX-PROSTITUTA RAQUEL PACHECO Desde 2007, quando Raquel Pacheco revelou, através de um blog na internet e de um livro, os segredos de seu ofício, sua vida passou a ser objeto de curiosidade do público brasileiro. A ex-garota de programa, que inicialmente atendia pelo nome de Bruna, tornou-se conhecida nacionalmente após adotar o apelido de Bruna surfistinha, dado por um de seus inúmeros clientes, por conta de seus traços de Patricinha. Com o título de “ O Doce Veneno do Escorpião”, sua biografia logo virou best- seller, com mais de 300 mil cópias vendidas, e, anos mais tarde, transformou-se no roteiro assinado por José Carvalho, Homero Olivetto e Antonia Pellegrino. A história de Raquel chega, enfim, ao cinema, com a estreia de “Bruna Surfistinha”, estrelado por Deborah Secco (assista ao trailer e ao making of do filme). - O Jorge Tarquini, a quem a Raquel Pacheco deu o depoimento para a sua biografia, me mostrou o livro e me falou da história dela. Eu li e me interessei muito pela sua trajetória, uma menina que tenta realizar seus sonhos através da prostituição, uma “Cinderela trash” – observa Baldini. O longa busca a imparcialidade para contar a história da jovem, jogando luz tantos nos momentos alegres, quanto nos períodos de depressão que foram determinantes em sua trajetória. - Não filmávamos em ordem cronológica; em um mesmo dia vivia a Bruna em diferentes fases. Isso exige muita concentração, acho que a entrega foi essa – destaca


Deborah. – Fiz laboratório com o preparador Sergio Penna, este trabalho foi o diferencial para a construção da personagem. Visitamos prostíbulos de diferentes níveis de conforto e conversei com prostitutas em todos eles. Sem essa preparação, filmar fora da ordem cronológica não seria possível. As diferentes fases da personagem são bem marcadas por um trabalhoso processo de caracterização, que conseguiu deixar a atriz com ar inocente nos primeiros minutos para depois mostrá-la no fundo do poço, com olheiras e narinas inflamadas, fruto do vício em cocaína que desenvolve ao longo da trama. – Desde a primeira vez em que a gente conversou, o mais importante foi o fato de a Deborah entender o tom da personagem da mesma forma que eu. Na primeira leitura, ela já sentiu a carga dramática de cada cena, o eixo central é a história dessa menina tentando se encontrar. Quando a gente começou a conversar, achei que teria de convencê-la de várias coisas, mas muitas delas acabaram partindo dela – revela Baldini. Para além de sua polêmica inspiração, "Bruna Surfistinha” mantém o foco na história de uma jovem de classe média que faz da prostituição uma escolha, e não uma necessidade. A própria Raquel Pacheco faz uma pequena participação como uma hostess de restaurante onde Bruna vai jantar com um de seus clientes, interpretado por Cássio Gabus Mendes. Além dele, também estão no elenco Drica Moraes, na pele de uma cafetina casca grossa, e Fabíula Nascimento, de “Estômago”, que vive Janine, uma prostituta veterana. – Espero que agrade o público de forma geral. Se eles se gostarem um terço do que gostei de fazer, já vou ficar satisfeita – torce Deborah.

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